Por Ana Pera Borges
Era uma vez
uma linda menininha, muito bonitinha e muito engraçadinha, que todos a chamavam
de Aninha. Ela tinha três aninhos e, como em todos os finais de semana
ensolarados, foi com os pais ao Clube Jaraguá, em Belo Horizonte.
Ela ia para
encontrar seus priminhos Julinha, Lidinha, Tiago, Huguinho e Tulinho, da mesma
idade. Sua família, sempre festeira, promovia um churrasco em um quiosque situado
atrás de uma das quadras do clube, se era de voley, basquete, futebol de salão,
não tem como saber.
Nessa ocasião,
Aninha estava sentada em um banco comprido na lateral da quadra com suas
priminhas Julinha e Lidinha, e em um determinado momento alguma delas soltou: “Eu
sou cruzeirense.”, e a irmã confirmou o mesmo gosto. Então, uma perguntou para
a Aninha: “E você é atleticana ou cruzeirense?”.
Ela, na
ligeireza de uma criança de três anos, correu até o pai e, colocando-se diante
dele, indagou: “Eu sou atleticana ou cruzeirense?”. Ele respondeu sem dúvida: “É
claro que é Galo!”.
Na mesma
ligeireza com que correu até seu pai, retornou até as primas e respondeu: “É
claro que é Galo!”.
Ana Pera
Borges é cantora, atriz, jornalista, anticapacitista, compositora e youtuber. Ela
é uma pessoa cega desde os dez anos e escreve desde os nove anos, entre músicas
e poemas. Seu amor pela narração veio quando um professor de jornalismo lhe
apresentou às crônicas.
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