Por Iracema Soares de Lima Escrito originalmente em 29 de abril de 2015. Sou um pequenino grão de terra que nasceu nos campos de cima da serra. O vento me movimentava de um lado para o outro, às vezes com leveza, Para amenizar as tempestades, que jogavam o pequeno grão de um lado a outro nas rochas. O grãozinho tomou forma, abriu os olhos e viu uma imensidão de azul e verdes dos campos e matas, e uma variedade de cores e tons coloridos entrelaçando-se entre os verdes. Gostou de ter olhos para ver, agradeceu as cores. O grão se moveu e sentiu que estava se transformando em um ser diferente. Ou melhor, tomando forma, movimentado pela chuva, vento e sol. Dois furinhos foram abrindo uns quatro centímetros abaixo dos olhinhos que estavam encantados com a beleza das cores. Senti tantas emoções, naqueles pequenos furinhos passava um ventinho que despertava todos os órgãos. Dentro de mim, um “tum-tum” vibrava. Senti um aperto dentro de mim, como uma explosão, e água encheu meus peque