Por Ana Pera Borges Era uma vez uma linda menininha, muito bonitinha e muito engraçadinha, que todos a chamavam de Aninha. Ela tinha três aninhos e, como em todos os finais de semana ensolarados, foi com os pais ao Clube Jaraguá, em Belo Horizonte. Ela ia para encontrar seus priminhos Julinha, Lidinha, Tiago, Huguinho e Tulinho, da mesma idade. Sua família, sempre festeira, promovia um churrasco em um quiosque situado atrás de uma das quadras do clube, se era de voley, basquete, futebol de salão, não tem como saber. Nessa ocasião, Aninha estava sentada em um banco comprido na lateral da quadra com suas priminhas Julinha e Lidinha, e em um determinado momento alguma delas soltou: “Eu sou cruzeirense.”, e a irmã confirmou o mesmo gosto. Então, uma perguntou para a Aninha: “E você é atleticana ou cruzeirense?”. Ela, na ligeireza de uma criança de três anos, correu até o pai e, colocando-se diante dele, indagou: “Eu sou atleticana ou cruzeirense?”. Ele respondeu sem dúvida: “É clar